Salmo 3

Salmos 3

1 SENHOR, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim.

2 Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. (Selá.)

3 Porém tu, SENHOR, és um escudo para mim, a minha glória, e o que exalta a minha cabeça.

4 Com a minha voz clamei ao SENHOR, e ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá.)

5 Eu me deitei e dormi; acordei, porque o SENHOR me sustentou.

6 Não temerei dez milhares de pessoas que se puseram contra mim e me cercam.

7 Levanta-te, SENHOR; salva-me, Deus meu; pois feriste a todos os meus inimigos nos queixos; quebraste os dentes aos ímpios.

8 A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção. (Selá.)

QUE A SAGRADA FAMÍLIA SEJA SEMPRE O EXEMPLO PARA A HUMANIDADE.



     Deus enviou seu único filho para habitar entre nós. O filho de Deus o criador do mundo, não  poderia nascer  na família mais rica? Ser muito feliz, sem problemas, sem conflitos, ter muito luxo e regalias? 
    Sim,o rei dos reis merecia tudo isso e muito mais. Mas não, Deus trouxe seu filho para ser exemplo de humildade, caridade, fé e amor. Ele veio para nos ensinar a valorizar a verdadeira riqueza do mundo que nada se assemelha à bens materiais. Mas às riquezas do reino dos céus. 
    O nascimento de Jesus nos faz refletir sobre o que é ser luz, andar no caminho da luz e se entregar na fé. Pois o nosso único e verdadeiro Deus provou ao mundo que todos nós antes de nascermos no ventre de nossas mães, já existíamos e tínhamos nascidos no coração de Deus dentro da família que ele escolheu para nos receber. 

A verdadeira felicidade está no amor de Cristo, na fé em Deus e na alegria entre a família que o Senhor escolheu para nos receber.

FELIZ NATAL A TODOS! 
Que as bênçãos de Deus e amor de Jesus os guardem para sempre na luz dos céus. 

Por: Paula Canonaco

Amigos são anjos que Deus coloca em nossas vidas


Ciclos da igreja Católica

Advento, tempo de espera e orações



Nesse advento, a Liturgia apresentou vários personagens
que prepararam os homens para a 1a vinda de Cristo.
MARIA vai ser hoje a grande companheira na caminhada.
Ela é modelo de fé e de esperança
aos que aguardam a manifestação da Salvação.

Jesus veio ao mundo para torná-lo a sua nova casa,
habitando em cada ser humano que o acolhe como Maria
ao dar o seu SIM ao anjo e se tornar o primeiro templo vivo do Salvador...

As Leituras bíblicas nos falam dessa realidade...

Na 1ª Leitura, Davi prepara uma MORADA para Deus. (2Sm 7,1-5.8b-12.14ª.16)

Davi, já idoso, mostra-se insatisfeito em morar numa casa luxuosa e
a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do Povo,
estar numa simples tenda, debaixo de uma lona...
Por isso, deseja construir um templo. O Profeta Natã lhe diz:
"Vai e faz tudo o que tens no coração, porque o Senhor está contigo..."

Deus lhe PROMETE uma casa, uma dinastia perene...
Essa promessa se realiza plenamente em Jesus.

A 2ª Leitura é um Hino de louvor a Deus, pelo plano de salvação
por Ele preparado e que se manifestou em Jesus a todos os povos. (Rm 16,25-27)

O Evangelho mostra a realização da promessa de Deus:
MARIA, com o seu SIM, torna-se a MORADA de Jesus,
preparada pelo próprio Deus. (Lc 1,26-38)

- Israel esperava o Messias: um grande rei, forte, rico e poderoso...
Por isso olhava para Belém, a cidade natal de Davi.
- Mas o olhar de Deus não se voltou para as cidades famosas da Judéia,
mas para um povoado pobre e insignificante da Galiléia (Nazaré)...
com um DIÁLOGO entre Maria e o Anjo:

+ A Saudação do Anjo: "Alegra-te, ó amada de Deus, o Senhor está contigo."

A alegria de Maria não nasce por se tornar a futura mãe de Jesus,
mas sobretudo porque o "Senhor está com ela...", antes mesmo de conceber...

* O Senhor está conosco?
O que podemos fazer, para que ele esteja conosco?
A alegria de Natal só pode ser plena, se o Senhor estiver conosco?

+ A Proposta de Deus: "Conceberás um Filho..".
Deus a convida para ser a Mãe do Messias, que Israel tanto esperava.
Diante da dificuldade apresentada, de ainda não viver com um homem,
o Anjo lhe garante: "O Espírito Santo descerá sobre ti...
e conceberás e darás à luz um Filho..."
E como garantia, o Anjo lhe afirma que até sua prima Isabel
conceberá um filho na velhice... "porque nada é impossível para Deus..."

+ A Resposta de Maria: Diante disso, Maria dá o seu SIM:
"Eis aqui a "Serva" do Senhor,
'FAÇA-SE' (Fiat) em mim segundo a tua palavra."

* O "Faça-se" de Deus criou do nada todas as coisas...
O "Faça-se" de Maria tornou possível a Redenção...

O "Faça-se" de Maria foi a sua resposta livre e corajosa ao convite de Deus,
que esperava a colaboração dela para realizar o projeto de amor e salvação.
Maria torna-se o templo da Nova Aliança,
muito mais precioso que o templo desejado por Davi:
um templo vivo que encerra não a Arca sagrada, mas o Filho de Deus.

A História de Maria o que tem a nos dizer?

1. Deus ama os homens
e tem um projeto de vida plena para lhes oferecer, através de Jesus Cristo.

2. Maria mostra como é possível fazer Jesus nascer no mundo:
Através de um Sim incondicional aos projetos de Deus.
* Ele espera também o nosso Sim para continuar vindo ao mundo
e oferecer aos irmãos a Salvação e a Vida de Deus.

3. Maria torna-se instrumento de Deus
Um jovem "mulher" de uma desconhecida aldeia, mas disponível
em acolher e testemunhar com amor as propostas de Deus.

4. Qual a nossa resposta aos apelos de Deus?
Maria respondeu com um "sim" total e incondicional...
A exemplo dela, também devemos dar o nosso "Sim" generoso,
numa atitude de entrega total a Deus

5. Como é possível essa entrega total a Deus?
Através de uma vida de diálogo, de comunhão, de intimidade com Deus.
Maria de Nazaré foi uma pessoa de oração e de fé,
que fez a experiência do encontro com Deus e
aprendeu a confiar totalmente n’Ele.
O caminho é o mesmo ainda hoje... para todos nós...

* No meio da agitação de todos os dias,
encontramos tempo e disponibilidade para ouvir Deus,
para viver em comunhão com Ele, para tentar perceber os seus sinais?

A exemplo de Maria, digamos um SIM generoso e total ao Senhor.
E o nosso coração e a nossa família serão uma MORADA para o Salvador.

Só assim o "Senhor estará também conosco..."
e a nossa alegria nesse Natal será completa...
Sugerimos acender neste dia a vela branca que representa a pureza da Virgem Maria. (Fonte: B. N. Aguas)





MARIA E O ANJO


O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
E Ela concebeu do Espírito Santo
Ave Maria...

Eis aqui a escrava do Senhor.
Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria...

E o Verbo de Deus se fez carne.
 E habitou entre nós.
Ave Maria...


Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos. Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, Vo-lo suplicamos; a fim de que, conhecendo, pela embaixada do Anjo, a Encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pelos merecimentos de sua Paixão e Morte na Cruz, cheguemos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amém

 Glória ao Pai... (três vezes)

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina,  sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém.

SOLSTÍCIO MARCA A CHEGADA DO VERÃO MOSTRANDO A PERFEIÇÃO DA NATUREZA E DO MUNDO CRIADO POR DEUS.

Solstício marca a chegada do verão no Hemisfério Sul neste sábado às 14h11min Guto Kuerten/Agencia RBS

Foto: Guto Kuerten/ Agência RBS


Ao mesmo tempo que o universo é grandioso, consegue ser detalhista. A angulação da Terra, a posição do sol, a influência da lua e a velocidade dos corpos celestes se combinam para um acontecimento de um instante. Neste momento, que ocorrerá amanhã, às 14h11min, as sombras se encolherão no menor tamanho possível e darão lugar ao verão.

O momento é chamado de solstício ("sol parado", em latim) de verão. É quando os raios solares incidem com maior intensidade no Hemisfério Sul do planeta. A radiação, neste instante, chega perpendicularmente ao Trópico de Capricórnio — uma linha imaginária ao sul do Equador. 

As cidades que passam por essa linha — como as paulistas de Sorocaba e Ubatuba — não terão sombra às 14h11min de amanhã. Isso ocorre porque o sol estará mirando seus raios exatamente sobre o Trópico de Capricórnio. Se um fio ligasse o astro-rei ao solo terrestre formaria um ângulo de 90 graus com o chão desses municípios. Ou seja, por lá não haverá lugar plano sem sol. Como Florianópolis está abaixo do trópico, a inclinação da sombra será de 4 graus em direção ao sul, a menor sombra possível em todo o ano. 

— É por esse motivo que os engenheiros de Florianópolis preferem não construir as casas posicionadas para o sul. Uma parede estaria sempre com sombra — explicou o engenheiro mecânico e astrônomo Adolfo Stotz Neto. 

A velocidade também é fator fundamental para que o solstício seja um momento ímpar para cada ano. Como a terra gira ao redor do sol com uma velocidade de 29 quilômetros por segundo, cada lugar do Brasil será banhado perpendicularmente pelos raios do astro-rei por apenas um segundo. É um capricho do universo que marca o início da estação mais quente do ano.

Por Carolina Dantas

Fonte: www.zerohora.clicrbs.com.br 

APRENDA A REZAR O ROSÁRIO COMO PEDIU NS DE FÁTIMA.

O Rosário 

A 12 de Maio de 1982, na Capelinha das Aparições, o Papa João Paulo II oferece um terço a Nossa Senhora de Fátima

Venho em peregrinação a Fátima como a maioria de vós, amados peregrinos, com o terço na mão, o nome de Maria nos lábios e o cântico da misericórdia de Deus no coração.


Sede leais convosco próprios, zelai pela vossa herança de fé, de valores espirituais e de honestidade de vida, que recebestes dos vossos anciãos, à luz e com as bênçãos de Maria Santíssima; é uma herança rica e boa. E quereis que vos conte um "segredo"? É simples e já não é segredo: "rezai muito; rezai o terço todos os dias".

João Paulo II, Fátima, Maio de 1982

Não há nenhuma devoção da Igreja que tenha sido tão recomendada pelos Papas como esta.

A devoção do Rosário é uma das devoções mais insistentemente pedidas na Mensagem de Fátima. A Virgem Maria nas suas aparições em Fátima pediu que se rezasse o terço/rosário todos os dias. Logo na primeira aparição, a 13 de Maio de 1917, Nossa Senhora disse: "Rezem o Terço todos os dias".


O Rosário 


 Rosário com os Pastorinhos



foto de arquivo (Out. 2007)

Movimento da Mensagem de Fátima convida as crianças a rezarem o Terço

Desde há vários anos a esta parte, mas com regularidade mensal desde 2006, mais de 300 crianças que frequentam os nove centros de catequese na Paróquia de Fátima têm recitado o Rosário, na Capelinha das Aparições, pelas 18h30.

A recitação pelos mais novos da oração que Nossa Senhora pediu em Fátima que fosse rezada "todos os dias" tem depois uma maior amplitude, uma vez que este Rosário, de segunda a sexta-feira, é transmitido pela Rádio Renascença e, mais recentemente, também pela TV Canção Nova e pela Telepace. Também a Radiotelevisão da Diocese de Toledo (Espanha) iniciará entretanto a transmissão em directo.

Cada centro de catequese se organiza, à vez, com o empenho dos catequistas e o apoio dos capelães e do pároco da Paróquia de Fátima para, uma vez por mês, levar as crianças junto do altar da Capelinha das Aparições para rezarem junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima.

A iniciativa, chamada de "Rosário com os Pastorinhos", é promovida pelo Movimento da Mensagem de Fátima, associação canónica de fiéis com estatutos aprovados pela conferência episcopal portuguesa, que colabora na preparação de cada recitação. "Nossa Senhora pediu às crianças que rezassem o terço. O que ela pediu não é para situar só nos Pastorinhos mas para se estender a todos as crianças, e a todas as pessoas. A mensagem de Fátima deve ser comunicada ao mundo. Por isso, pensámos em mais esta iniciativa", referiu o Padre Manuel Antunes, assistente nacional do MMF e director dos Serviços de Doentes e de Associações do Santuário de Fátima.

Também desde 2006, a oração tem contado, neste dia em que são as crianças de Fátima responsáveis pela recitação, com a participação do grupo coral infantil do Santuário de Fátima – Schola Cantorum Os Pastorinhos de Fátima.

"Pedimos aos pais, avós e catequistas que falem deste Rosário às crianças e as convidem nesses dias a rezar com os seus colegas de Fátima", convida o Movimento da Mensagem de Fátima nas edições do jornal "Voz da Fátima" e no guião anual publicado pelo associação.

Em continuidade com o trabalho de catequese desenvolvido pelo Santuário de Fátima, numa coordenação do Movimento da Mensagem de Fátima, com o grande  empenho dos grupos de catequese da Paróquia de Fátima, convidam-se as outras crianças a acompanharem os seus amigos de Fátima. Não seria bonito rezarem aí nas vossas casas em união com eles? Basta ligar a rádio ou televisão!


O Rosário 


 Os Mistérios do Rosário



MISTÉRIOS DA ALEGRIA (gozosos)

(Segundas e Sábados)

1.º Mistério

A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora. (Lc 1, 26-38)

2º Mistério

A Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel. (Lc 1, 39-56)

3º Mistério

O Nascimento de Jesus no presépio de Belém. (Lc 2, 1-20)

4º Mistério

A Apresentação do Menino Jesus no Templo. (Lc 2, 22-38)

5º Mistério

O Encontro do Menino Jesus no Templo, entre os Doutores. (Lc 2, 41-50)

 

MISTÉRIOS DA DOR (dolorosos)

(Terças e Sextas)

1.º Mistério

Oração e Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras. (Mt 26, 36-46)

2º Mistério

A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 27, 24-26)

3º Mistério

O Coroação de espinhos. (Mt 27, 27-31)

4º Mistério

Jesus a caminho do Cálvário e o encontro com Sua Mãe. (Lc 23, 26-32)

5º Mistério

A Cruxificação e Morte de Jesus . (Jo 19, 17-30)

 

MISTÉRIOS DA GLÓRIA (gloriosos)

(Quartas e Domingos)

1.º Mistério

A Ressurreição de Jesus Cristo. (Mt 28, 1-10)

2º Mistério

A Ascensão de Jesus ao Céu. (Act 1, 6-11)

3º Mistério

A descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos, reunidos no Cenáculo. (Act 1, 12-14 e 2, 1-4)

4º Mistério

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu em corpo e alma. (1Cor 15, 12-23)

5º Mistério

A Coroação de Nossa Senhora, como Rainha do Céu e da Terra. (Ap 12, 1-17)

 

MISTÉRIOS DA LUZ (luminosos)

(Quinta-feira)

1.º Mistério

O Baptismo de Jesus no Rio Jordão. (Mt 3, 13-17)

2º Mistério

A Revelação de Jesus nas Bodas de Caná. (Jo 2, 1-11)

3º Mistério

O Anúncio do Reino de Deus. Um convite à conversão (Mt 4, 12-17-23)

4º Mistério

A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor. (Lc 9, 28-36)

5º Mistério

A Última Ceia de Jesus com os Apóstolos e a Instituição da Eucarístia. (Lc 22, 14-20)

 

Movimento da Mensagem de Fátima

 

 

FONTE: www.santuario-fatima.pt 

OS SEGREDOS DE FÁTIMA

  CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ  
A MENSAGEM    
DE FÁTIMA 
APRESENTAÇÃO 
  
Na passagem do segundo para o terceiro milénio, o Papa João Paulo II decidiu tornar público o texto da terceira parte do « segredo de Fátima ». 
Depois dos acontecimentos dramáticos e cruéis do século XX, um dos mais tormentosos da história do homem, com o ponto culminante no cruento atentado ao « doce Cristo na terra », abre-se assim o véu sobre uma realidade que faz história e a interpreta na sua profundidade segundo uma dimensão espiritual, a que é refractária a mentalidade actual, frequentemente eivada de racionalismo. 
A história está constelada de aparições e sinais sobrenaturais, que influenciam o desenrolar dos acontecimentos humanos e acompanham o caminho do mundo, surpreendendo crentes e descrentes. Estas manifestações, que não podem contradizer o conteúdo da fé, devem convergir para o objecto central do anúncio de Cristo: o amor do Pai que suscita nos homens a conversão e dá a graça para se abandonarem a Ele com devoção filial. Tal é a mensagem de Fátima, com o seu veemente apelo à conversão e à penitência, que leva realmente ao coração do Evangelho. 
Fátima é, sem dúvida, a mais profética das aparições modernas. A primeira e a segunda parte do « segredo », que são publicadas em seguida para ficar completa a documentação, dizem respeito antes de mais à pavorosa visão do inferno, à devoção ao Imaculado Coração de Maria, à segunda guerra mundial, e depois ao prenúncio dos danos imensos que a Rússia, com a sua defecção da fé cristã e adesão ao totalitarismo comunista, haveria de causar à humanidade. 
Em 1917, ninguém poderia ter imaginado tudo isto: os três pastorinhos de Fátima vêem, ouvem, memorizam, e Lúcia, a testemunha sobrevivente, quando recebe a ordem do Bispo de Leiria e a autorização de Nossa Senhora, põe por escrito. 
Para a exposição das primeiras duas partes do « segredo », aliás já publicadas e conhecidas, foi escolhido o texto escrito pela Irmã Lúcia na terceira memória, de 31 de Agosto de 1941; na quarta memória, de 8 de Dezembro de 1941, ela acrescentará qualquer observação. 
A terceira parte do « segredo » foi escrita « por ordem de Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da (...) Santíssima Mãe », no dia 3 de Janeiro de 1944. 
Existe apenas um manuscrito, que é reproduzido aqui fotostaticamente. O envelope selado foi guardado primeiramente pelo Bispo de Leiria. Para se tutelar melhor o « segredo », no dia 4 de Abril de 1957 o envelope foi entregue ao Arquivo Secreto do Santo Ofício. Disto mesmo, foi avisada a Irmã Lúcia pelo Bispo de Leiria. 
Segundo apontamentos do Arquivo, no dia 17 de Agosto de 1959 e de acordo com Sua Eminência o Cardeal Alfredo Ottaviani, o Comissário do Santo Ofício, Padre Pierre Paul Philippe OP, levou a João XXIII o envelope com a terceira parte do « segredo de Fátima ». Sua Santidade, « depois de alguma hesitação », disse: « Aguardemos. Rezarei. Far-lhe-ei saber o que decidi ».(1)
Na realidade, a decisão do Papa João XXIII foi enviar de novo o envelope selado para o Santo Ofício e não revelar a terceira parte do « segredo ». 
Paulo VI leu o conteúdo com o Substituto da Secretaria de Estado, Sua Ex.cia Rev.ma D. Ângelo Dell'Acqua, a 27 de Março de 1965, e mandou novamente o envelope para o Arquivo do Santo Ofício, com a decisão de não publicar o texto. 
   
João Paulo II, por sua vez, pediu o envelope com a terceira parte do « segredo », após o atentado de 13 de Maio de 1981. Sua Eminência o Cardeal Franjo Seper, Prefeito da Congregação, a 18 de Julho de 1981 entregou a Sua Ex.cia Rev.ma D. Eduardo Martínez Somalo, Substituto da Secretaria de Estado, dois envelopes: um branco, com o texto original da Irmã Lúcia em língua portuguesa; outro cor-de-laranja, com a tradução do « segredo » em língua italiana. No dia 11 de Agosto seguinte, o Senhor D. Martínez Somalo devolveu os dois envelopes ao Arquivo do Santo Ofício.(2)
Como é sabido, o Papa João Paulo II pensou imediatamente na consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria e compôs ele mesmo uma oração para o designado « Acto de Entrega », que seria celebrado na Basílica de Santa Maria Maior a 7 de Junho de 1981, solenidade de Pentecostes, dia escolhido para comemorar os 1600 anos do primeiro Concílio Constantinopolitano e os 1550 anos do Concílio de Éfeso. O Papa, forçadamente ausente, enviou uma radiomensagem com a sua alocução. Transcrevemos a parte do texto, onde se refere exactamente o acto de entrega
« Ó Mãe dos homens e dos povos, Vós conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo, acolhei o nosso brado, dirigido no Espírito Santo directamente ao vosso Coração, e abraçai com o amor da Mãe e da Serva do Senhor aqueles que mais esperam por este abraço e, ao mesmo tempo, aqueles cuja entrega também Vós esperais de maneira particular. Tomai sob a vossa protecção materna a família humana inteira, que, com enlevo afectuoso, nós Vos confiamos, ó Mãe. Que se aproxime para todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da esperança ». (3)
Mas, para responder mais plenamente aos pedidos de Nossa Senhora, o Santo Padre quis, durante o Ano Santo da Redenção, tornar mais explícito o acto de entrega de 7 de Junho de 1981, repetido em Fátima no dia 13 de Maio de 1982. E, no dia 25 de Março de 1984, quando se recorda o fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, na Praça de S. Pedro, em união espiritual com todos os Bispos do mundo precedentemente « convocados », o Papa entrega ao Imaculado Coração de Maria os homens e os povos, com expressões que lembram as palavras ardorosas pronunciadas em 1981: 
« E por isso, ó Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos directamente ao vosso Coração: Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos. 
De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade. 
“À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus”! Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação! ». 
Depois o Papa continua com maior veemência e concretização de referências, quase comentando a Mensagem de Fátima nas suas predições infelizmente cumpridas: 
« Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Eu consagro-Me por eles — foram as suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade” (Jo 17, 19). Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação. 
A força desta consagraçãopermanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história e que, de facto, despertou nos nossos tempos. 
Oh quão profundamente sentimos a necessidade de consagração pela humanidade e pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo! Na realidade, a obra redentora de Cristo deve ser participada pelo mundo por meio da Igreja
Manifesta-o o presente Ano da Redenção: o Jubileu extraordinário de toda a Igreja. 
Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento Divino! 
Louvada sejais Vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho! 
Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais Vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo. 
Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamostambém a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso Coração materno. 
Oh Imaculado Coração! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro! 
Da fome e da guerra, livrai-nos
Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos
Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos
De todo o género de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos
Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos
Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos
Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos
Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens!Carregado do sofrimento de sociedades inteiras! 
Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o “pecado do mundo”, enfim o pecado em todas as suas manifestações. 
Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do Amor misericordioso! Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da Esperança! ».(4)
A Irmã Lúcia confirmou pessoalmente que este acto, solene e universal, de consagração correspondia àquilo que Nossa Senhora queria: « Sim, está feita tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de Março de 1984 » (carta de 8 de Novembro de 1989). Por isso, qualquer discussão e ulterior petição não tem fundamento. 
Na documentação apresentada, para além das páginas manuscritas da Irmã Lúcia inserem-se mais quatro textos: 1) A carta do Santo Padre à Irmã Lúcia, datada de 19 de Abril de 2000; 2) Uma descrição do colóquio que houve com a Irmã Lúcia no dia 27 de Abril de 2000; 3) A comunicação lida, por encargo do Santo Padre, por Sua Eminência o Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado, em Fátima no dia 13 de Maio deste ano; 4) O comentário teológico de Sua Eminência o Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. 
Uma orientação para a interpretação da terceira parte do « segredo » tinha sido já oferecida pela Irmã Lúcia, numa carta dirigida ao Santo Padre a 12 de Maio de 1982, onde dizia: 
« A terceira parte do segredo refere-se às palavras de Nossa Senhora: “Se não, [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas” (13-VII-1917). 
A terceira parte do segredo é uma revelação simbólica, que se refere a este trecho da Mensagem, condicionada ao facto de aceitarmos ou não o que a Mensagem nos pede: “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, etc”. 
Porque não temos atendido a este apelo da Mensagem, verificamos que ela se tem cumprido, a Rússia foi invadindo o mundo com os seus erros. E se não vemos ainda, como facto consumado, o final desta profecia, vemos que para aí caminhamos a passos largos. Se não recuarmos no caminho do pecado, do ódio, da vingança, da injustiça atropelando os direitos da pessoa humana, da imoralidade e da violência, etc. 
E não digamos que é Deus que assim nos castiga; mas, sim, que são os homens que para si mesmos se preparam o castigo. Deus apenas nos adverte e chama ao bom caminho, respeitando a liberdade que nos deu; por isso os homens são responsáveis».(5)
    
A decisão tomada pelo Santo Padre João Paulo II de tornar pública a terceira parte do « segredo » de Fátima encerra um pedaço de história, marcado por trágicas veleidades humanas de poder e de iniquidade, mas permeada pelo amor misericordioso de Deus e pela vigilância cuidadosa da Mãe de Jesus e da Igreja. 
Acção de Deus, Senhor da história, e corresponsabilidade do homem, no exercício dramático e fecundo da sua liberdade, são os dois alicerces sobre os quais se constrói a história da humanidade. 
Ao aparecer em Fátima, Nossa Senhora faz-nos apelo a estes valores esquecidos, a este futuro do homem em Deus, do qual somos parte activa e responsável. 

MENSAGEM DE FÁTIMA

Mensagem de Fátima

A Mensagem de Fátima é um convite e uma escola de salvação. Foi iniciada pelo Anjo da Paz (1916) e completada por Nossa Senhora (1917). Foi vivida de maneira histórica pelos Três Pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta.
A mensagem de Fátima sublinha os seguintes pontos:
- a conversão permanente;
- a oração e nomeadamente o rosário,
- o sentido da responsabilidade colectiva e a prática da reparação.
A aceitação desta mensagem traz consigo a Consagração ao Coração Imaculado de Maria, que é símbolo de um compromisso de fidelidade e de apostolado. As orações ensinadas em Fátima pelo Anjo e Nossa Senhora ajudam a viver a Mensagem, que, como disse João Paulo II, em Fátima em 1982, é a conversão e a vivência na graça de Deus.

CONCURSO DE PRESÉPIOS

EVANGELIZANDO COM ARTES. UMA IDEIA PARA AMPLIAR O CONHECIMENTO SOBRE O NASCIMENTO DE JESUS ENTRE AS CRIANÇAS, DESPERTAR TALENTOS, RECONHECER OS SABERES E APRECIAR AS ARTES MISSIONÁRIAS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA.

Concurso realizado pela Paróquia Santa Luzia - Diocese São Mateus













ARTE MISSIONÁRIA

COM BOLAS DE ISOPOR E VARAL, AS CRIANÇAS HOMENAGEARAM A MÃE MARIA.
Anjos adentraram a igreja com o terço gigante nas mãos, ao som da música O terço, de Roberto Carlos.


Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as assim mesmo! Se você é gentil, podem acusá-lo de egoísta, interesseiro. Seja gentil assim mesmo! Se você é um vencedor terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo! Se você é bondoso e franco poderão enganá-lo. Seja bondoso e franco assim mesmo! O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para a outra. Construa assim mesmo! Se você tem paz e é feliz, poderão sentir inveja. Seja feliz assim mesmo! O bem que você faz hoje, poderão esquecê-lo amanhã. Faça o bem assim mesmo! Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo! Veja você que, no final das contas é entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros!
MADRE TERESA DE CALCUTÁ

IDOSO PODE TER 25% de acréscimo na assistência.

É UM ESCÂNDALO AINDA EXISTIR FOME NO MUNDO!


ROMA, 10 Dez. 13 / 11:06 am (ACI).- Nesta terça-feira, 10, foi lançada oficialmente pelo Papa Francisco uma campanha mundial liderada pela Cáritas Internacional para combater a fome no mundo, qualificada pelo Pontífice como um “grave escândalo”.

A cáritas, junto com suas 164 organizações-membro, se empenha em 200 países e territórios do mundo e o seu trabalho está no coração da missão daIgreja e de sua atenção para com os que sofrem o escândalo da fome, e é presidida pelo Cardeal Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga.

No Brasil a campanha terá seu lançamento hoje em Brasília, às 14h, com divulgação da vídeo-mensagem do Papa Francisco em Português. Segundo a assessoria de Comunicação da Cáritas brasileira, a campanha é desenvolvida junto com a Conferência Nacional dos bispos do Brasil (CNBB) e já conta com seu próprio website, contendo perguntas e respostas sobre a iniciativa:http://caritas.org.br/campanha-mundial

Abaixo, segue a íntegra da mensagem escrita pelo Papa para a ocasião:

Queridos irmãos e queridas irmãs,

Hoje anuncio com prazer a “Campanha contra a fome no mundo”, lançada pela nossa Caritas Internacional, à qual darei todo o meu apoio.
Esta confederação, junto com suas 164 organizações-membro, se empenha em 200 países e territórios do mundo e o seu trabalho está no coração da missão da Igreja e de sua atenção para com os que sofrem o escândalo da fome, com o qual o Senhor se identificou quando disse: “Tinha fome e me destes de comer”.

Quando os apóstolos revelaram a Jesus que as pessoas que foram ouvir suas palavras estavam famintas, ele os incitou a ir procurar comida. Sendo eles mesmos pobres, encontraram apenas cinco pães e dois peixes, mas com a graça de Deus, puderam saciar uma multidão de pessoas, juntar os restos e evitar qualquer desperdício.
Estamos diante do escândalo mundial de cerca de um bilhão, um bilhão de pessoas que ainda hoje têm fome. Não podemos virar as costas e fazer de conta que isto não existe. O alimento que o mundo tem à disposição pode saciar todos.

A parábola da multiplicação dos pães e dos peixes nos ensina justamente que se houver vontade, o que temos não vai acabar, ao contrário, vai sobrar, e não deve ser perdido.

Por isso, queridos irmãos e queridas irmãs, convido-os a abrir um espaço em seus corações para esta urgência, respeitando o direito dado por Deus a todos de ter acesso a uma alimentação adequada.

Compartilhemos o que temos, em caridade cristã, com os que são obrigados a enfrentar muitos obstáculos para satisfazer uma necessidade tão primária; e ao mesmo tempo, promovamos uma autêntica cooperação com os pobres para que, através dos frutos do seu e do nosso trabalho, possamos viver uma vidadigna.

Convido todas as instituições do mundo, toda a Igreja e cada um de nós, como uma única família humana, a dar voz a todas as pessoas que passam fome silenciosamente, a fim de que esta voz se torne um grito que possa sacudir o mundo.

Esta campanha quer ser também um convite a todos nós para sermos mais conscientes de nosso regime alimentar, que muitas vezes comporta desperdício de comida e má-utilização dos recursos de que dispomos. Ela é também uma exortação a pararmos de pensar que nossos gestos cotidianos não têm impacto na vida de quem – seja perto, seja longe de nós – sofre a fome na própria pele.

Peço-lhes, com todo o coração, que ajudem a nossa Caritas nesta nobre Campanha, agindo como uma única família que se empenha em garantir o alimento para todos.

Rezemos para que Deus nos dê a graça de ver um mundo no qual ninguém jamais deva morrer de fome. Ao pedir esta graça, concedo-lhes a minha bênção.

CAMPANHA CONTRA A FOME NO MUNDO.

Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)

A Igreja acaba de lançar uma campanha para a erradicação da fome no mundo. Esta campanha vem respaldada de apoios muito significativos. Quem a encabeça é a Cáritas Internacional, mas quem a subscreve é o Papa Francisco. 
A repercussão prática da posição do Papa já se mostrou muito eficaz, quando do seu contundente posicionamento contrário à intervenção dos Estados Unidos na Síria. A posição do Papa demoveu uma decisão já praticamente tomada pelo Presidente Obama. E a partir daí, os acontecimentos na Síria vão convergindo para uma solução pacífica do conflito interno, mesmo com as muitas dificuldades ainda a serem superadas pelo próprio povo da Síria.
Agora, a campanha é mais ampla, mais complexa, e mais duradoura. Desta vez, o Papa fez questão de agregar outros apoios, estratégicos e práticos, visando inserir esta campanha contra a fome na própria dinâmica da ação da Igreja.
A campanha foi sugerida pela Cáritas da Espanha, e foi logo encampada pela Cáritas Internacional. É de salientar que o Presidente da Cáritas Internacional é o Cardeal Oscar Maradiaga, que é um dos membros do “Grupo dos oito Cardeais”, nomeados pelo Papa Francisco para o ajudarem no governo da Igreja.
Desta maneira, resulta evidente a importância estratégica desta campanha, lançada quando vai tomando forma a nova postura da Igreja, simbolizada pela figura do Papa Francisco.
Para concretizar a proposta de uma Igreja “voltada para a sociedade”, solidária com suas grandes causas, nada melhor do que enfrentar este “escândalo público”, que é o flagelo da fome no mundo, como o próprio Papa o qualificou.
Com o lema: “Uma só família – Pão e Justiça para todas as pessoas” a campanha é lançada agora, com a intenção de ir envolvendo a Igreja toda, para atrair também as adesões da esfera pública, sobretudo a nível das Nações Unidas, onde o brasileiro José Graziano da Silva preside a FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
A campanha começa “em casa”, convocando as Cáritas de todos os países onde ela está organizada. Tem a intenção de se prolongar até o ano de 2015, quando com certeza já será possível avaliar suas repercussões práticas, para que a ação contra a fome se traduza em políticas públicas orgânicas e eficazes nos países que atualmente mais padecem deste flagelo, especialmente na África, e também na Ásia.
Dependendo do critério adotado, chega-se a cifras aproximadas, que quantificam as estatísticas da fome.  O fato é que, segundo as Nações Unidas, existe aproximadamente um bilhão de pessoas que padecem de desnutrição no mundo. Outra constatação persistente é que o problema não decorre da escassez de alimentos. Com a produção atual, seria possível garantir alimentação suficiente para o mundo inteiro. O problema, portanto, não se limita à produção de alimentos, que continua sendo um desafio. O mais difícil é a adequada distribuição dos alimentos, que não pode ser deixada à lógica mercantilista, onde o alimento vira mera mercadoria, e a própria fome se torna, inclusive, fator de especulação financeira.
Esta, portanto, será uma campanha que vai mexer com nossas convicções. E vai colocar em destaque a importância do Brasil, não só pelo seu esplêndido potencial de produtor de alimentos, mas também pelos efeitos benéficos de suas políticas sociais, embora ainda incipientes.
Vamos aguardar as instruções práticas da Cáritas Brasileira, para que esta campanha se insira de maneira articulada em nossas comunidades, e encontre uma generosa proposta por parte do povo brasileiro.

FONTE: www.cnbb.org.br

QUANDO EU VOLTAR A SER CRIANÇA

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

Com este título da obra do grande educador Janucz Korczak, assassinado numa câmara de gás pelos nazistas, estamos a descortinar um dos desejos do tempo de Advento, e por certo do Natal.
Dizia o pintor Pablo Picasso que tornar-se criança leva tempo, e poderíamos acrescentar que somente o contato com o Deus Menino nos devolve a pureza e a inocência primordiais.    Recuperar o olhar de assombro e de pasmo, para descobrir a beleza e a poesia que nos rodeia  pois: "vale mais a pena ver uma coisa pela primeira vez que conhecê-la, porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez, (Fernando Pessoa)".
Ser capaz de cair e levantar-se como se fossemos de borracha, acreditando no amor do Pai, que nos acolhe e perdoa.  Ter uma mente aberta a imaginação e ao sonho, considerando as infinitas possibilidades para ser e conviver.   Sentir a alegria do novo, do que está nascendo a cada instante, de explorar mundos inéditos e desconhecidos.
Tornar a jornada uma aventura que nos leva a crescer, amar e compartilhar com os outros a vida. Aprender a ver nas pessoas a grande reserva de bondade, altruísmo e generosidade que carregam dentro de si. Nunca conformar-se com a injustiça e a violência, semeando cordialidade e gentileza a todos/as.
Mas sobre tudo ser mestres da esperança, pois quem melhor que uma criança espera com o brilho nos olhos o seu presente de Natal. Uma vez uma criança perguntou a seu pai: quem vai dar o presente para Papai Noel? As crianças e os pequenos nos ensinam a descobrir onde nasce Jesus hoje, onde se vive a doação, a partilha, o ágape fraterno, pois, o Natal é a festa de aniversário de nosso Irmão maior Jesus, que nos torna a todos filhos do mesmo Pai.  Que saibamos escutar a nossa criança interior que clama por ser amada, acolhida, curada de tanta mesquinhez, intolerância, e indiferença.
O Natal é como um poema, nele Deus se revela como uma criança, pois nos mostra que a vida é sempre dom, novidade, a estrear a humanidade para  desenvolve-la  por inteiro.   Que o Deus Menino que vai nascer nos mostre o caminho da verdadeira beleza da vida, e a graça de nunca perdermos a alegria de ser e viver. Deus seja louvado!

FONTE: www.cnbb.org.br

ADVENTO E SOLIDARIEDADE

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

A preparação para o Natal, nascimento de Jesus Cristo, Salvador e Redentor da humanidade, é uma oportunidade singular de nova e adequada compreensão da vida. Não se pode vivê-la sem a luminosidade própria da fé que alimenta a luz da inteligência, garantindo um caminho de horizontes largos e belos. A Igreja Católica, sábia e pedagogicamente, convida todos a viverem esse tempo do Advento.  Nas quatro semanas que antecedem o Natal, a Igreja cria oportunidades importantes para se cultivar, de maneira profunda, a escuta da Palavra de Deus e, assim, fomentar e sustentar os laços de fraternidade, capacitando cada um no exercício dos gestos de solidariedade. São incontáveis as possibilidades, pelo percurso deste caminho do Advento, preparatório para o Natal do Senhor.
Para cada peregrino, homens e mulheres de boa vontade, desenham-se novos horizontes que qualificam a vida tão preciosa de cada um, razão pela qual Ele, Cristo Salvador, encarnou-se, igual a nós em tudo, exceto no pecado, para nos resgatar da condição de escravos e reconquistar o sentido mais autêntico de nossa liberdade. Trata-se, particularmente, de um caminho de vivência espiritual. Não pode esgotar-se simplesmente no que chama a atenção, e até alegra, pelos enfeites, luzes e cores, nem mesmo nas confraternizações. É preciso aproveitar o momento para refletir a própria interioridade, alargando este alicerce que nos capacita para uma vida comprometida com a cidadania e com a autêntica fé professada.
Pensando na verdadeira e real preparação para o Natal do Senhor, convido você para refletir sobre o relevante sentido de pertencimento à sociedade. Cada um olha a sua condição de cidadão, seus direitos e deveres, suas lutas e conquistas, empenhos para garantia de liberdades e de atendimento às necessidades fundamentais. Este olhar para si, analisando projetos pessoais e familiares, institucionais e outros, nos obriga a enxergar, sobretudo neste tempo, os mais pobres e sofredores, nos diversos cenários da sociedade.
Um dever especial, sem esquecer nenhum dos que reconhecidamente são sofredores e pobres, é lançar o olhar e unir o coração aos que estão mais desconsiderados na sua dignidade. Refiro-me aos irmãos e irmãs nossos que estão nas ruas das cidades. Uma situação que não pode ser apenas tratada com Lei e prescrições. Indispensáveis são o sentimento e o princípio humanístico da solidariedade, antídotos para ações abominavelmente higienistas. A Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, em parcerias e cooperação ampla, sabe que há muito que fazer. Conhece a defasagem humanística entre a abordagem destes irmãos e irmãs e a fiscalização, como também a insuficiência de infraestrutura para processos educativos respeitosos e ações de resgate. A Pastoral aponta o quanto o poder público, nossas Igrejas e os setores diversos da sociedade ainda precisam se mobilizar.
Retransmito um convite-intimação do Papa Francisco, na sua recente Exortação Apostólica Alegria do Evangelho: tornar realidade em nós e no nosso meio o Natal de Jesus Cristo para nos curar de indiferenças, incompetências nas respostas e incapacidade para ações prioritárias, destinadas aos mais pobres. Vamos cultivar “uma fraternidade mística e contemplativa que sabe ver a grandeza sagrada do próximo, que sabe descobrir Deus em cada ser humano, que sabe tolerar as moléstias da convivência agarrando-se ao amor de Deus, que sabe abrir o coração ao amor divino para procurar a felicidade dos outros como a procura o seu Pai bom”. Vamos tratar diferente, nos comprometer mais com o povo que está nas ruas e com os mais pobres. Só assim será verdade o voto de “feliz Natal” que desejamos uns aos outros. Que o propósito deste Natal seja especialmente a qualificação de todos na condição de integrantes da sociedade.

FONTE: www.cnbb.org.br