"Escrevo a vocês, jovens, porque são fortes: venceram o Maligno" (1João 2,13)
Estas palavras do apóstolo João demonstravam que a Igreja, desde o início, teve uma atenção especial para com a juventude. Considerando-a, sempre, não como problema, mas como dom de Deus, conforme afirmou o Papa João Paulo II. Dom de Deus porque a juventude é um tempo concedido pelo Senhor como presente. É necessário, pois, não esbanjar esse dom, mas administrá-lo com responsabilidade, a fim de que produza frutos para a vida do mundo e da própria Igreja.
Mas, afinal de contas, o que é a juventude? Não é simplesmente aquela etapa da vida que corresponde a determinado número de anos.
A juventude é o tempo de procura de respostas para questões fundamentais: qual o sentido da vida? Que significa ser livre? No evangelho, um jovem pergunta a Jesus: "Bom Mestre, o que devo fazer para possuir a vida eterna?"
A juventude é também tempo da procura do amor, que consiste em se responsabilizar pelo outro, pelo respeito à sua dignidade, pelo seu crescimento como pessoa, pela sua felicidade. É o tempo em que o jovem procura construir um projeto concreto para a vida.
Enfim, a juventude é o tempo do dever, isto é, tempo em que a pessoa se percebe, de modo intenso, responsável por si mesma, pelo bem comum da sociedade e pelo futuro do mundo. Com muita propriedade, João Paulo II afirmou que os jovens são as sentinelas do amanhã.
A Igreja está consciente de tantos perigos que hoje ameaçam, sobretudo, os jovens. Ela
recorda às autoridades da Nação o dever que têm de sanar, com medidas eficazes e urgentes, os obstáculos que levam tantos jovens ao desânimo e à perda de esperança com relação ao futuro: analfabetismo, desemprego, falta de oportunidade de ingresso em escolas de boa qualidade, que os qualifiquem profissionalmente para enfrentar as exigências do mercado de trabalho.
recorda às autoridades da Nação o dever que têm de sanar, com medidas eficazes e urgentes, os obstáculos que levam tantos jovens ao desânimo e à perda de esperança com relação ao futuro: analfabetismo, desemprego, falta de oportunidade de ingresso em escolas de boa qualidade, que os qualifiquem profissionalmente para enfrentar as exigências do mercado de trabalho.
Na mensagem que dirigiram à juventude, os Bispos renovam o compromisso de acolher os jovens e ajudá-los com novas metodologias na sua formação humana e cristã. Nossas dioceses, paróquias e comunidades se propõem a adotar instrumentos pastorais para que eles sejam não só destinatários, mas sujeitos da evangelização, sobretudo com relação ao mundo juvenil. A evangelização é resposta a uma busca, pois todas as pessoas, sobretudo os jovens, de modo misterioso, estão à procura de alguém que seja, de fato, Caminho, Verdade e Vida. Só Cristo é capaz de dar sentido profundo à nossa vida.
Para atingir este objetivo, a Igreja tem que fazer do amor o ponto de encontro entre ela e os jovens.
Dom Benedito Beni
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